Situação: Voltei ao Brasil e gostaria de manter minha rede na Alemanha
Já publicamos dois posts nesta série: o primeiro sobre fomento de uma estadia de pesquisa na Alemanha e o segundo sobre programas de pesquisas bilaterais a partir da Alemanha.
Publicamos hoje mais um post sobre fomento na Alemanha e desta vez abordamos um outro cenário recorrente. Não é nada raro que pesquisadores brasileiros, depois de uma estadia de pesquisa na Alemanha, retornem ao Brasil e busquem meios para manter colaborações com sua rede de colegas e parceiros na Alemanha. Se este é o seu caso, existem algumas estratégias que podem te ajudar:
Verifique as estruturas de apoio para alumni em sua antiga instituição anfitriã na Alemanha. O estabelecimento de redes de alumni (ex-pesquisadores/alunos) têm ganhado bastante importância nas universidades alemãs na última década. Verifique quais são os mecanismos e instrumentos para manter-se conectado depois da sua volta ao Brasil.
Para algumas agências de fomento é importante manter o contato com o pesquisador após o término do período de fomento e estadia de pesquisa na Alemanha. Existem várias associações de ex-bolsistas (alumni) da Alemanha no Brasil. Um exemplo é o Clube Humboldt do Brasil, para pesquisadores que foram/são financiados pela Fundação Humboldt. Ela tem o objetivo de promover networking entre ex-bolsistas da Fundação Humboldt e a manutenção do contato com a Fundação e com outros pesquisadores do Brasil: https://www.humboldtbrasil.org/. Além disso, a Fundação Humboldt oferece recursos para que seus ex-bolsistas possam retornar à Alemanha para estadias de curta-duração ou convidar colegas da Alemanha para visitar seus países do origem. Confira: https://www.humboldt-foundation.de/en/apply/alumni-programmes/alumni-abroad. Outro exemplo é a Rebralint: a Rede Brasil-Alemanha Internacionalização do Ensino Superior, que conta com o apoio do DAAD (Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico). A Rede foi criada para facilitar o acesso aos programas de intercâmbio entre o Brasil e a Alemanha, ampliar a divulgação e transparência de informações: https://rebralint.alumniportal.com/
Além disso, existem os instrumentos para projetos de pesquisa bilaterais, oferecidos pela DFG (Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa). O fomento direcionado a projetos de pesquisa binacionais funciona com base no princípio de fundos complementares, através da cooperação com organizações parceiras da DFG no Brasil, por exemplo, com a FAPESP ou a CAPES. Informe-se: https://www.dfg.de/pt/fomento/cooperacao/index.html.
Aproveite também os instrumentos nacionais, oferecidos pelas agências brasileiras para a atração de pesquisadores internacionais ao Brasil: Para os pesquisadores vinculados a instituições e universidades paulistas, a FAPESP conta com o Auxílio Pesquisador Visitante https://fapesp.br/auxilios/visitante ou Auxílio à Pesquisa Jovem Pesquisador https://fapesp.br/jp, que podem ser úteis para a manutenção de suas colaborações com a Alemanha.
Quais são suas experiências em manter contato com sua rede de pesquisa na Alemanha? Compartilhe suas impressões ou dicas nos comentários abaixo.
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